O projeto Educação 5.0 e a privatização da educação

Valdemir Pereira, Ana Lobo e Daniel Fernandes | 19/04/2021



A Câmara municipal aprovou, por unanimidade, o projeto “Educação 5.0” do prefeito Felicio (PSDB), que, de forma autoritária, ‘enfia’ goela baixo mais um projeto que não atende aos interesses da população.


O projeto, além de não contar com a avaliação, discussão e a colaboração de segmentos envolvidos diretamente com a educação, como professores (as), alunos (as) e pais, traz em seu bojo a cultura Maker e a metodologia STEAM.


Ao pesquisar e ler sobre esses instrumentos, podemos nos deixar levar pela facilidade e envolvimento tecnológico na educação, o que seria uma atualização para os dias atuais e desafios de uma sociedade tecnológica.  Porém, são, na verdade, instrumentos claramente de exclusão digital, porque nessa mesma sociedade não há equidade sócio econômico, o que precede a inclusão digital. Estes instrumentos estão, em seus fundamentos, comprometidos com a formação de mão de obra barata para a produção e reprodução capitalista.


Além das questões e problemas acima mencionados tem ainda o artigo 7 do projeto que, para usar os argumentos muito utilizados nesses tempos de Bolsonaro, abre a porteira para passar a boiada.


Neste artigo a prefeitura fica livre para firmar convênios, parcerias e acordos de cooperação técnica com instituições públicas e privadas e contratar serviços de empresas especializadas, ou seja, engordar ainda mais empresas e instituições de tecnologia, como Google e Fundação Leman.

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