A Educação 5.0 de Felicio

Programa vai informatizar a metodologia de ensino Foto: Claudio Vieira/PMSJC

O prefeito Felício Ramuth (PSDB) lançou o projeto Educação 5.0 como uma inovação na educação de São José dos Campos, o problema é que o projeto que diz ser para o futuro da cidade não foi discutido com os segmentos que mais estão envolvidos com a educação: professores (as), alunos (as) e comunidade, ou seja, mais uma vez o prefeito age com autoritarismo e desrespeitos com todos aqueles que fazem acontecer uma educação de qualidade em nosso município, e mais uma vez um projeto vindo de cima para baixo.

Sabemos que a pandemia trouxe para nossa realidade um novo modo de trabalhar a educação, em todos os níveis e situação, os trabalhadores e trabalhadoras na educação têm se dedicado ao máximo para que a aprendizagem chegue até os alunos e alunas da rede com qualidade, embora não haja, por parte da administração municipal, o mesmo compromisso.  

A todo momento tentam desrespeitar o trabalho dos professores e professoras, quer com censura de conteúdo, quer com conteúdo prontos, fora da realidade de cada escola. Toda experiência acumulada nesse ano de trabalho remoto e presencial poderia ser usada para se construir um projeto de educação inovador com qualidade e consistência, tendo a relação aluno e o professor como o centro e como objetivo a formação integral dos alunos e alunas.

Ninguém é contra a utilização das novas tecnologias na educação, isto é uma realidade de futuro da sociedade humana, porém estas tecnologias têm que chegar aos alunos e alunas junto com a equidade social e econômica, para que não haja exclusão no processo e, isto não é a realidade em nossa cidade, nem da nossa rede.

O projeto 5.0 do prefeito Felício tem como base a cultura Maker, ideia de que qualquer pessoa consegue construir, consertar ou criar seus próprios objetos e acompanhado da “metodologia STEAM, modelo educacional que utiliza a tecnologia para integrar diferentes áreas do conhecimento por meio de projetos e resolução de problemas”, essa metodologia privilegia as disciplinas de matemática, ciência e arte, mas que no fundo tem como objetivo a formação de mão de obra, no caso dos brasileiros, mão de obra barata para o grande capital.